O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, é o convidado do Canal Livre desta semana. O programa apresentado por Rodolfo Schneider será exibido neste domingo (10), às 20h, na BandNews TV; na Band, à meia-noite. Responsável por um dos maiores orçamentos da Esplanada dos Ministérios, o líder da pasta fala sobre os desafios do governo em áreas como infraestrutura, saneamento e habitação.
Marinho, que foi relator da reforma trabalhista no governo Michel Temer (2016-2018), analisa a possibilidade da aprovação de outras reformas estruturais durante o mandato de Jair Bolsonaro (sem partido). O ministro espera o avanço das reformas administrativa e tributária, mas admite que existe dificuldade para alinhar os interesses do Congresso Nacional e do governo federal, principalmente no ano que antecede as eleições presidenciais.
“Nós estamos em ano pré-eleitoral. Temos uma janela de seis meses, aproximadamente, de atividade parlamentar até o ‘recesso branco’ que ocorre no mês de junho, que antecede o processo eleitoral do ano subsequente. É mais difícil aprovar mudanças estruturais que mexem com o tecido da sociedade, tanto na questão administrativa quanto na questão tributário”, declara. “Mas como a reforma administrativa vai servir para os novos entrantes, estamos com a expectativa de que ela possa caminhar”, completa.
“No caso da reforma tributária, há dois modelos que precisam convergir: um que vem da Câmara dos Deputados e outro que vem do Senado. Na hora em que o Congresso e o governo conseguirem alinhar esses astros, acho que existe a possibilidade de passar algo no sentido de simplificar o regime tributário”, opina.
Relação entre governo e Senado
Rogério Marinho ainda reflete sobre a relação entre o governo e o Senado. Segundo o ministro, os conflitos no diálogo com a Casa são “típicos do processo democrático”. “É um movimento pendular. Nos dois primeiros anos da administração do presidente, essa situação era invertida: dificuldade na Câmara e facilidade no relacionamento com o Senado. O pêndulo mudou”, aponta.
“Isso não significa que, na hora em que há projetos que permitam a melhoria da condição de vida da população, todos não possam ficar na mesma página. Acho que tem muito a ver com a própria pressão da sociedade. Qual é a reforma possível e qual é a reforma que a sociedade quer? É necessário sacramentar o que já foi feito e consolidar”, finaliza.
Fonte: Band
Autor: Redação Canal Livre